Doenças respiratórias e o impacto no coração

O risco de problemas cardíacos aumenta depois de infecções, como gripe e sinusite

Os dias mais frios, comuns desta época do ano, sempre trazem a preocupação com o aumento das doenças respiratórias, como gripes, resfriados, rinite alérgica, bronquite, pneumonia e, atualmente, covid-19.

Uma pesquisa realizada pela Universidade de Sydney (Austrália) e publicada no Internal Medicine Journal, revela que pacientes que tiveram infecções respiratórias têm 17 vezes mais chances de ter um ataque cardíaco, sendo menor quando está relacionado ao trato respiratório superior, como em casos de rinite e sinusite, o risco é de 13 vezes.

O cirurgião cardiovascular e membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular, Dr. Elcio Pires Junior confirma que as doenças respiratórias podem trazer sérias complicações cardiovasculares. “Com a alta incidência de doenças, como pneumonia, bronquite e gripe, o coração pode ter um impacto negativo em seu funcionamento”, informa o médico.

Pulmão e coração caminham juntos

Para entendermos melhor essa relação, o Dr. Elcio Pires Junior explica que os sistemas respiratório e cardíaco estão diretamente conectados e, quando um dos dois apresenta falhas, pode comprometer o funcionamento do outro.

“As doenças respiratórias favorecem a formação de coágulos sanguíneos, alterações no fluxo de sangue e de toxinas que podem danificar os vasos, podendo provocar até mesmo um quadro mais grave como o de infarto”, alerta o médico.

Alguns outros estudos mostram que o frio de 0 a 5 graus em que o indivíduo enfrente durante 1 hora, já é capaz de causar microlesões em células do coração e ser ainda maior em pessoas com risco cardiovascular elevado, como nos hipertensos, diabéticos, e em que já sofreu um AVC ou infarto. “Pessoas com predisposição a problemas cardíacos e hipertensos devem redobrar a atenção à saúde nesta época do ano”, avisa o Dr. Elcio. 

Além disso, outros fatores de risco contribuem para o desenvolvimento de problemas cardiovasculares nos períodos de frio, como obesidade, colesterol elevado e diabetes.

Atenção à dor de garganta

Até mesmo com uma simples dor de garganta pode surgir um quadro preocupante, quando não tratada de forma correta.

Segundo o otorrinolaringologista da Clínica Dolci, em São Paulo, e professor da Santa Casa, Dr. Ricardo Landini Lutaif Dolci, entre as várias consequências de uma dor de garganta mal curada pode-se destacar uma doença inflamatória, chamada de febre reumática, a qual, pode ser uma complicação de uma amigdalite bacteriana. “Esta é uma complicação que pode surgir é causada pela bactéria Streptococcus”, explica o especialista.

Para evitar problemas cardiovasculares, faça seus exames regularmente, cuide da sua pressão arterial, seus níveis de glicose e colesterol, tenha uma boa alimentação e pratique atividade física, além é claro de agasalhar-se bem e procurar se manter aquecido no inverno. 

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